Rastreando a Verdade(XLII)
INVERSÃO DE VALORES→Perigo Social
“Porque
os soldados da Força Pública mineira vivem para Minas, morrem por Minas e,
depois disso, ainda são conclamados para lembrar aos camaradas sobreviventes a
viver para Minas e, como se deve, quando necessários, por Minas morrer.” – (Oração
Cap. Méd. J. Guimarães Rosa, in fine,
27Mai33, inauguração Galeria de Retratos dos Mortos, Revolução32, quartel do 9º BCM, em Barbacena).
Ontem, 10/06/17, assisti na web cena
triste e lamentável. Miliciano tombado em via pública – Santa Margarida/MG.
Fardado, e fuzil ao lado, sangrava. Fora abatido pelo fogo de 8 (oito)
assaltantes fortemente armados, que barbarizavam a cidade, tentando roubar duas
agências bancárias (diminuto destacamento policial impediu!).
Quadro constrangedor! Colegas
desabafavam em vídeo: “ele hesitara em
atirar primeiro, talvez receoso de consequências danosas à carreira se matasse
um dos facínoras”. Os “Defensores dos Direitos dos Bandidos” massacrariam-no e, certamente, um Promotor
açodado agiria cruelmente.
Hoje, pelo que acompanhamos, vigora uma
estranha e hipócrita “Lei dos Marginais”: ao
bandido, todas as prerrogativas; ao cidadão trabalhador, o direito de ser
vítima; ao policial, o rigor e o rancor das mentes imbecis que, infelizmente,
conseguiram se impor pela mentira e engodo iterativamente assoalhado.
Nesse contexto, um episódio relatado
pela mídia há algumas semanas: Sargento fardado, numa madrugada, seguia para o
serviço; abordado por dois assaltantes, reage e mata um; o outro foge. Ato
subsequente: o policial é recolhido preso e desarmado. Deveria deixar-se
dominar, ser morto ou correr? Estaria impedido, pelo costume imposto, de se
defender ou atuar segundo o “estrito cumprimento do dever legal”?!
Tempore,
Oh, Tempore! Hodiernamente, pelo clamor que ouço, o
policial só atira em defesa de outrem ou própria, se alvejado. Um absurdo! Este
estranho novo tempo ativa-me a lembrança. Minha tela mental reporta-se a 1978.
Irmãos Piriás assolavam região de Sete
Lagoas: roubos e assassinatos; dois policiais tombaram. A PM enviou um Destacamento
de Capturas: pequeno em quantidade, mas grande em qualidade – seis praças
comandadas pelo então Cap. Jurandir Marino. Na madrugada de 25Dez78, enfrentamento
num ermo próximo à ferrovia. Da refrega, os dois facínoras mortos. Ações
subsequentes imediatas: perícia in loco,
lavratura do Auto de Resistência, inumação... Depois: alívio e reconhecimento da
população, aplausos da imprensa; Promotor de Justiça considerou a ação
legítima, Juiz de Direito despachou o arquivamento do inquérito. Os bravos
policiais foram agraciados pelo Governo. Hoje, essa heroica patrulha, seria,
certamente, presa, desarmada e enxovalhada. Os delinquentes, se vivos,
continuariam na sanha criminosa.
A sociedade obreira e silenciosa precisa
reagir. Vide o exemplo do México, quando a cultura cínica se impôs: 47
estudantes, presos e entregues ao crime organizado, foram queimados vivos. É
isto que queremos, na inversão de valores: sacralizando
os bandidos e demonizando a Polícia?!.
Atentemos, todos nós, para esse
“maniqueísmo cego”. O perigo nos ronda!
Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref.
Membro ALJGR/PMMG
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