terça-feira, 11 de julho de 2017

INVERSÃO DE VALORES→Perigo Social



Rastreando a Verdade(XLII)
INVERSÃO DE VALORES→Perigo Social

Porque os soldados da Força Pública mineira vivem para Minas, morrem por Minas e, depois disso, ainda são conclamados para lembrar aos camaradas sobreviventes a viver para Minas e, como se deve, quando necessários, por Minas morrer.” – (Oração Cap. Méd. J. Guimarães Rosa, in fine, 27Mai33, inauguração Galeria de Retratos dos Mortos, Revolução32,  quartel do 9º BCM, em Barbacena).
Ontem, 10/06/17, assisti na web cena triste e lamentável. Miliciano tombado em via pública – Santa Margarida/MG. Fardado, e fuzil ao lado, sangrava. Fora abatido pelo fogo de 8 (oito) assaltantes fortemente armados, que barbarizavam a cidade, tentando roubar duas agências bancárias (diminuto destacamento policial impediu!).
Quadro constrangedor! Colegas desabafavam em vídeo: “ele hesitara em atirar primeiro, talvez receoso de consequências danosas à carreira se matasse um dos facínoras”. Os “Defensores dos Direitos dos Bandidos”  massacrariam-no e, certamente, um Promotor açodado agiria cruelmente.
Hoje, pelo que acompanhamos, vigora uma estranha e hipócrita “Lei dos Marginais”: ao bandido, todas as prerrogativas; ao cidadão trabalhador, o direito de ser vítima; ao policial, o rigor e o rancor das mentes imbecis que, infelizmente, conseguiram se impor pela mentira e engodo iterativamente assoalhado.
Nesse contexto, um episódio relatado pela mídia há algumas semanas: Sargento fardado, numa madrugada, seguia para o serviço; abordado por dois assaltantes, reage e mata um; o outro foge. Ato subsequente: o policial é recolhido preso e desarmado. Deveria deixar-se dominar, ser morto ou correr? Estaria impedido, pelo costume imposto, de se defender ou atuar segundo o “estrito cumprimento do dever legal”?!
Tempore, Oh, Tempore! Hodiernamente, pelo clamor que ouço, o policial só atira em defesa de outrem ou própria, se alvejado. Um absurdo! Este estranho novo tempo ativa-me a lembrança. Minha tela mental reporta-se a 1978.
Irmãos Piriás assolavam região de Sete Lagoas: roubos e assassinatos; dois policiais tombaram. A PM enviou um Destacamento de Capturas: pequeno em quantidade, mas grande em qualidade – seis praças comandadas pelo então Cap. Jurandir Marino. Na madrugada de 25Dez78, enfrentamento num ermo próximo à ferrovia. Da refrega, os dois facínoras mortos. Ações subsequentes imediatas: perícia in loco, lavratura do Auto de Resistência, inumação... Depois: alívio e reconhecimento da população, aplausos da imprensa; Promotor de Justiça considerou a ação legítima, Juiz de Direito despachou o arquivamento do inquérito. Os bravos policiais foram agraciados pelo Governo. Hoje, essa heroica patrulha, seria, certamente, presa, desarmada e enxovalhada. Os delinquentes, se vivos, continuariam na sanha criminosa.
A sociedade obreira e silenciosa precisa reagir. Vide o exemplo do México, quando a cultura cínica se impôs: 47 estudantes, presos e entregues ao crime organizado, foram queimados vivos. É isto que queremos, na inversão de valores: sacralizando os bandidos e demonizando a Polícia?!.
Atentemos, todos nós, para esse “maniqueísmo cego”. O perigo nos ronda!
Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref. Membro ALJGR/PMMG

sexta-feira, 7 de julho de 2017

ODE A JOÃO GUIMARÃES ROSA - AUTOR: CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS




AUTOR: CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS - Data: 19 de novembro de 2002.

Vai Guimarães Rosa com sua caneta escrever
Com a pena borra e desenha letras no papel
Descreve tudo o que vê
Imagina, cria sonha e crê.

Vai Guimarães Rosa buscar a rosa do campo
Prosear com o povo, espiar o gado e as arvores
Descansar a sombra de uma gameleira
Comer feijão tropeiro e banana de sobremesa.

Vai Guimarães Rosa banhar-se nas águas dos rios mineiros
Contar causos e ouvir histórias de fantasmas e assombrações
Visitar alguma casa
E sobre tudo escrever.

Vai Guimarães Rosa lá para a roça passear
Caminhos e trilhas desvendar
Belas lembranças de ontem escutar
Para com sua tinta relatar.

Vai Guimarães Rosa avisando pelo caminho
Que as palavras tem asas
Que a caneta revela
O que poucos viram e verão.

Vai João Guimarães Rosa por caminhos
Muito além
Vem de volta, vai e vem
Traz uma notícia para nós também.

Que Minas é grande já sabemos
O que não sabemos porem
É que misteriosos olhos usou para ver tanta coisa bela
Descrever tanta terra e tanta gente da maneira como fez.

Venha cá nesse cantinho
Onde nos reunimos para conversar
Vem me contar mais uma história
Para meus amigos eu contar.

Vai descansar meu amigo
Que outra hora já chegou
Passa, passa, passa a vida
Mas, não passam os escritos que deixou.

Data: 19 de novembro de 2002.

O Escritor e poeta Cláudio Cassimiro Dias, Acadêmico da Academia de Letras João Guimarães Rosa da PMMG, e Sócio Honorário da ANELCA, Academia Nevense de Letras Ciências e Artes, escreveu um poema, alçado a ODE, para homenagear o escritor e Capitão Médico João Guimarães Rosa.

BALANÇA MINAS GERAIS!!!BOM FINAL DE SEMANA!!! MEU ABRAÇO A TODOS NA PESSOA DO JORNALISTA E APRESENTADOR Mauro Tramonte!


Canção do Canção do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - Letra -...