sexta-feira, 14 de julho de 2017
terça-feira, 11 de julho de 2017
INVERSÃO DE VALORES→Perigo Social
Rastreando a Verdade(XLII)
INVERSÃO DE VALORES→Perigo Social
“Porque
os soldados da Força Pública mineira vivem para Minas, morrem por Minas e,
depois disso, ainda são conclamados para lembrar aos camaradas sobreviventes a
viver para Minas e, como se deve, quando necessários, por Minas morrer.” – (Oração
Cap. Méd. J. Guimarães Rosa, in fine,
27Mai33, inauguração Galeria de Retratos dos Mortos, Revolução32, quartel do 9º BCM, em Barbacena).
Ontem, 10/06/17, assisti na web cena
triste e lamentável. Miliciano tombado em via pública – Santa Margarida/MG.
Fardado, e fuzil ao lado, sangrava. Fora abatido pelo fogo de 8 (oito)
assaltantes fortemente armados, que barbarizavam a cidade, tentando roubar duas
agências bancárias (diminuto destacamento policial impediu!).
Quadro constrangedor! Colegas
desabafavam em vídeo: “ele hesitara em
atirar primeiro, talvez receoso de consequências danosas à carreira se matasse
um dos facínoras”. Os “Defensores dos Direitos dos Bandidos” massacrariam-no e, certamente, um Promotor
açodado agiria cruelmente.
Hoje, pelo que acompanhamos, vigora uma
estranha e hipócrita “Lei dos Marginais”: ao
bandido, todas as prerrogativas; ao cidadão trabalhador, o direito de ser
vítima; ao policial, o rigor e o rancor das mentes imbecis que, infelizmente,
conseguiram se impor pela mentira e engodo iterativamente assoalhado.
Nesse contexto, um episódio relatado
pela mídia há algumas semanas: Sargento fardado, numa madrugada, seguia para o
serviço; abordado por dois assaltantes, reage e mata um; o outro foge. Ato
subsequente: o policial é recolhido preso e desarmado. Deveria deixar-se
dominar, ser morto ou correr? Estaria impedido, pelo costume imposto, de se
defender ou atuar segundo o “estrito cumprimento do dever legal”?!
Tempore,
Oh, Tempore! Hodiernamente, pelo clamor que ouço, o
policial só atira em defesa de outrem ou própria, se alvejado. Um absurdo! Este
estranho novo tempo ativa-me a lembrança. Minha tela mental reporta-se a 1978.
Irmãos Piriás assolavam região de Sete
Lagoas: roubos e assassinatos; dois policiais tombaram. A PM enviou um Destacamento
de Capturas: pequeno em quantidade, mas grande em qualidade – seis praças
comandadas pelo então Cap. Jurandir Marino. Na madrugada de 25Dez78, enfrentamento
num ermo próximo à ferrovia. Da refrega, os dois facínoras mortos. Ações
subsequentes imediatas: perícia in loco,
lavratura do Auto de Resistência, inumação... Depois: alívio e reconhecimento da
população, aplausos da imprensa; Promotor de Justiça considerou a ação
legítima, Juiz de Direito despachou o arquivamento do inquérito. Os bravos
policiais foram agraciados pelo Governo. Hoje, essa heroica patrulha, seria,
certamente, presa, desarmada e enxovalhada. Os delinquentes, se vivos,
continuariam na sanha criminosa.
A sociedade obreira e silenciosa precisa
reagir. Vide o exemplo do México, quando a cultura cínica se impôs: 47
estudantes, presos e entregues ao crime organizado, foram queimados vivos. É
isto que queremos, na inversão de valores: sacralizando
os bandidos e demonizando a Polícia?!.
Atentemos, todos nós, para esse
“maniqueísmo cego”. O perigo nos ronda!
Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref.
Membro ALJGR/PMMG
sexta-feira, 7 de julho de 2017
ODE A JOÃO GUIMARÃES ROSA - AUTOR: CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS
AUTOR: CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS - Data:
19 de novembro de 2002.
Vai Guimarães Rosa com sua caneta
escrever
Com a pena borra e desenha letras
no papel
Descreve tudo o que vê
Imagina, cria sonha e crê.
Vai Guimarães Rosa buscar a rosa
do campo
Prosear com o povo, espiar o gado
e as arvores
Descansar a sombra de uma
gameleira
Comer feijão tropeiro e banana de
sobremesa.
Vai Guimarães Rosa banhar-se nas
águas dos rios mineiros
Contar causos e ouvir histórias
de fantasmas e assombrações
Visitar alguma casa
E sobre tudo escrever.
Vai Guimarães Rosa lá para a roça
passear
Caminhos e trilhas desvendar
Belas lembranças de ontem escutar
Para com sua tinta relatar.
Vai Guimarães Rosa avisando pelo
caminho
Que as palavras tem asas
Que a caneta revela
O que poucos viram e verão.
Vai João Guimarães Rosa por
caminhos
Muito além
Vem de volta, vai e vem
Traz uma notícia para nós também.
Que Minas é grande já sabemos
O que não sabemos porem
É que misteriosos olhos usou para
ver tanta coisa bela
Descrever tanta terra e tanta
gente da maneira como fez.
Venha cá nesse cantinho
Onde nos reunimos para conversar
Vem me contar mais uma história
Para meus amigos eu contar.
Vai descansar meu amigo
Que outra hora já chegou
Passa, passa, passa a vida
Mas, não passam os escritos que
deixou.
Data: 19 de novembro de 2002.
O Escritor e poeta Cláudio
Cassimiro Dias, Acadêmico da Academia de Letras João Guimarães Rosa da PMMG, e
Sócio Honorário da ANELCA, Academia Nevense de Letras Ciências e Artes,
escreveu um poema, alçado a ODE, para homenagear o escritor e Capitão Médico
João Guimarães Rosa.
Assinar:
Postagens (Atom)