sexta-feira, 12 de julho de 2024

A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA PRIVADA NO CONTEXTO SOCIAL, URBANO E RURAL: Necessidade de garantia na lei para o exercício da atividade dos vigilantes.

 

* CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS

Blog do Sargento Cassimiro.

05/05/2022

 

No Brasil, a figura do vigilante e da segurança privada desempenha um papel crucial na proteção de pessoas, propriedades e informações vitais. Este setor não apenas complementa os esforços das forças de segurança pública, mas também preenche lacunas em áreas onde a presença do Estado é limitada. O trabalho dos vigilantes não se resume apenas a manter a ordem e a segurança, mas também a agir como agentes preventivos contra crimes e incidentes.

O trabalho do Vigilante, regulamentado pela Lei nº 7.102/83 e suas alterações posteriores, estabelece diretrizes precisas para a formação, qualificação e atuação desses profissionais. Essa legislação visa garantir que os vigilantes estejam devidamente treinados e capacitados para lidar com situações diversas, desde o controle de acesso em prédios até a proteção de grandes eventos.

A importância dos vigilantes é evidente em diversos contextos. Em áreas urbanas, eles asseguram a tranquilidade de estabelecimentos comerciais, bancos e condomínios residenciais, garantindo que funcionários e clientes sintam-se protegidos. Nas áreas rurais, desempenham um papel fundamental na proteção de propriedades agrícolas e industriais contra invasões e crimes ambientais.

Importante salientar o trabalho dos vigilantes, em diversos setores nas áreas urbanas, como agências bancárias, transporte de valores, estabelecimentos comerciais, eventos de pequeno, médio e grande porte, como guarda e proteção de patrimônios, em geral.

Além das responsabilidades operacionais, os vigilantes devem cumprir rigorosos padrões éticos e legais. Eles não têm poder de polícia, mas estão autorizados a usar a força apenas em legítima defesa ou para proteger terceiros contra ameaças iminentes. A formação contínua é essencial para atualizar suas habilidades em resposta às mudanças nas táticas criminosas e nas tecnologias de segurança.

A profissão de vigilante no Brasil exige uma série de pré-requisitos, incluindo formação em cursos específicos reconhecidos pela Polícia Federal, que emite a autorização para o exercício da atividade. Esses profissionais estão sujeitos a um código de conduta rigoroso e são periodicamente avaliados quanto ao seu desempenho e conformidade com as leis vigentes.

As empresas de segurança privada, por sua vez, são responsáveis por garantir que seus vigilantes estejam devidamente registrados e em conformidade com todas as exigências legais. Elas desempenham um papel crucial na supervisão e na gestão desses profissionais, assegurando que operem dentro dos limites estabelecidos pela lei.

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 1043/2021, que cria o Estatuto dos Vigilantes, com normas gerais para a prestação de segurança privada. Um dos autores do projeto é o Deputado Federal Delegado Marcelo Freitas, que tem a preocupação de dar garantia aos profissionais vigilantes, que trabalham, sem muita garantia na prática da atividade de segurança privada.

Em resumo, os vigilantes e a segurança privada desempenham um papel indispensável na proteção da sociedade brasileira, complementando os esforços das forças de segurança pública e preenchendo lacunas críticas na proteção de bens e pessoas. O cumprimento do Estatuto dos Vigilantes não apenas garante a eficiência e a legalidade desses serviços, mas também contribui para a paz social e o bem-estar coletivo em todo o país.

 

* CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS, POLICIAL MILITAR VETERANO, BACHAREL EM DIREITO, PÓS GRADUADO EM CRIMINOLOGIA, PROFESSOR, PALESTRANTE E ESCRITOR.